Como marcas e empresas podem se preparar para se comunicar com o consumidor do futuro?
Com um volume cada vez maior de usuários, dados e informações, as empresas precisam se adaptar a diferentes perfis de consumidores, ir além do olhar geracional e aperfeiçoar a maneira de mapear e identificar quem é o seu consumidor, suas complexidades, suas dúvidas e seus desejos que nem ele mesmo sabe nomear.
Por isso, é preciso estar sempre um passo à frente ao prever as necessidades de hoje e conciliá-las com as exigências do amanhã para se comunicar com o consumidor do futuro. Segundo o estudo feito pela WGSN “Consumidor do Futuro 2024”, teremos quatro perfis de consumidores.
Reguladores: este grupo sabe lidar com incerteza e instabilidade, mas o caos e a disrupção deixam de ser motivadores e vão na contramão de tudo o que os Reguladores desejam, que é manter o controle entre a vida pessoal e profissional.
Conectores: hiperconectados, mas contrários à cultura da pressa, os conectores valorizam o coletivo e estão redefinindo o conceito de compartilhamento ao buscar um novo equilíbrio e uma nova perspectiva de sucesso.
Construtores de Memórias: em 2024, o foco será no momento presente, simplificando a vida e investindo na abundância de tempo. Esse grupo aceitou as suas falhas e cada vez mais passa a investir mais na qualidade, seja de relacionamentos ou de profissão, e menos na quantidade e perfeição das atividades e atitudes.
Neo-sensorialistas: este consumidor híbrido deseja o melhor dos dois mundos: carteiras digitais para compras físicas e momentos em realidade virtual que possa experimentar todas as sensações na vida real.
Pensando nesses perfis, traçamos um paralelo entre as gerações X, Y, Z e Alpha e seus comportamentos a fim de contribuir com insights para compreensão de cada grupo e definição de novas estratégias de comunicação.
Após anos de incertezas e adaptações entre on e off, esse grupo preza pela consistência e não tem tempo a perder. Atualmente, a Geração X representa 26% da população brasileira e 37% da força de trabalho do País, segundo o IBGE e o Itaú BBA.
Sendo assim, estratégias que utilizem assistentes de voz, mídia tradicional e investimento nos canais certos no online chamarão a atenção desse público, principalmente se forem comunicados com mensagens objetivas e conteúdos didáticos de atividades que possam ser reproduzidas em casa.
Nascidos em um cenário de mudanças tecnológicas e grande poder de decisão dos consumidores em relação às marcas e produtos, os Millennials continuam exigentes, mas estão simplificando a vida e investindo tempo neles mesmos.
Construtores de Memórias e Millenials entendem que envelhecer bem não é uma questão de vaidade e sim aproveitar a vida e seus momentos peculiares. As marcas precisam mostrar que estão atentas a esse movimento e readaptar suas mensagens, com ética e transparência, afinal, essa geração vai a fundo na busca por informações.
Este grupo se preocupa com o futuro do planeta e o impacto de suas ações na natureza. De acordo com o estudo do Think With Google “Família, futuro e diversão: conheça as portas de acesso para a Geração Z”, 85% dos entrevistados disseram estar dispostos a doar parte do seu tempo para alguma causa, sendo o meio ambiente uma das maiores preocupações.
Hiperconectados, mas contrário à cultura da pressa, eles não querem uma comunicação tradicional. O infotenimento (informação + entretenimento) sem interromper sua forma de consumo será indispensável para se comunicar com essa geração.
Sem poder de compra ativo, mas com muito poder de influência, as novas gerações são responsáveis por ditar transformações de negócios à medida que começam a consumir. Esse grupo estará totalmente inserido no Metaverso, fazendo com que as marcas incorporem diferentes experiências e sensações ao comunicar seus serviços e produtos nos metaversos.
Assim como a Geração Z, a Alpha está alinhada às questões globais e sociais, influenciando as empresas a se moldarem para conversar com consumidores mais atentos e com responsabilidade socioambiental.
Nos próximos anos, cada vez mais, teremos a sensação de que o tempo passará mais rápido, e a conexão entre o físico e digital contribui para esse sentimento. Aqui na CDI, o objetivo dos nossos profissionais é estar atentos às mudanças, identificar novas oportunidades e contribuir para que a comunicação das empresas esteja alinhada às necessidades dos consumidores.