Quais fatores levaram os brasileiros a engajarem menos com a Champions League deste ano?
Há pouco mais de uma semana, a Champions League consagrou o Manchester City como o grande campeão da temporada 2022/2023. A partida, que resultou num título inédito para o time inglês, alcançou 12 pontos no pico de audiência no Brasil, segundo o IBOPE, e 33.677 menções nas redes sociais, de acordo com o levantamento da equipe de Inteligência e Monitoramento da CDI.
Neste ano, contamos com participações brasileiras dentro e fora do campo. O show de abertura foi dela, que costuma agradecer primeiramente a ela mesma por suas conquistas: Anitta.
Mesmo com brasileiros na disputa, a competição rendeu 39% menos menções nas redes e teve queda de 29% na audiência em comparação à final do ano passado entre Liverpool e Real Madrid.
Voltamos um pouquinho no tempo para investigar esses números e identificar diferenças nos padrões de comportamento dos amantes de futebol.
Não dá pra negar que o desempenho do goleiro brasileiro Ederson foi essencial para a vitória do City. Em 2022, no entanto, foi o gol de Vini Jr. que decidiu a disputa para o clube merengue, gerando êxtase entre os fãs brasileiros, que viram um craque da seleção canarinho balançar as redes. Entre as 8h da data da final e as 16h do dia seguinte, o nome do jogador carioca registrou 16.233 menções, quase 6.500 a mais do que Ederson (9.751).
A presença do atacante Karim Benzema na escalação do Real Madrid também pode ter atraído atenção. Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 2022, o francês totalizou 17.220 menções na final do campeonato. Já neste ano, a posição de maior estrela em campo ficou para Erling Haaland, que foi mencionado 8.718 vezes.
Não podemos esquecer que a final da Champions League de 2021/2022 foi em ano de Copa do Mundo! Com o público mais interessado no tema, a competição contou com jogadores que já estavam escalados para a Seleção Brasileira, como Vini Jr., Rodrygo e Eder Militão, além de craques de outras seleções.
Um dos motivos mais evidentes para a repercussão inferior da última final da Champions está nos próprios clubes que disputaram a partida derradeira. Nos últimos 12 meses, enquanto o Manchester City angariou 179.825 menções nas redes sociais brasileiras, o Real Madrid registrou, pelo menos, 819.931. Para os vices, a lógica é a mesma: o Inter de Milão foi tema de 53.808 publicações contra 99.297 do Liverpool no mesmo período.
A menos culpada pela baixa audiência da partida nas redes sociais é, provavelmente, Anitta. Sozinha, a cantora foi mencionada mais de 15 mil vezes – praticamente o triplo de Camila Cabello, que somou 4.449 menções com a sua apresentação no ano passado.
Com isso, percebemos que ano de Copa do Mundo, times com maior apelo entre o público brasileiro e causalidades fizeram com que a temporada do ano passado da Champions League ganhasse maior destaque em comparação a de 2023.
A repercussão pode oscilar entre as temporadas, mas o futebol não deixa de ser um grande negócio para as marcas apostarem. Segundo a pesquisa Sport Track 2022, 72% dos torcedores afirmam lembrar de marcas que patrocinam seus clubes do coração. Entre os principais patrocinadores mundial, a Emirates sai na frente, colocando o Real Madrid, como dono da camisa mais valiosa do mundo.
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