Agências e departamentos de comunicação têm inúmeras oportunidades ao estimular e capacitar suas equipes para o uso de ferramentas como ChatGPT e Bard

A inteligência artificial generativa é uma técnica de inteligência artificial que utiliza algoritmos para gerar conteúdos de forma autônoma, imitando o estilo e o tom de voz de um autor humano. Essa tecnologia tem ganhado cada vez mais espaço em diversas áreas, e a comunicação corporativa não fica de fora.

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O trecho acima foi elaborado por uma ferramenta de inteligência artificial generativa a partir de uma proposta simples: discorrer sobre a contribuição de ferramentas que usam IA generativa para o mercado de comunicação. Poderia facilmente ter sido escrito por um humano, não acha?

O fato é que, em pouco tempo, a distinção entre conteúdos produzidos por humanos e máquinas fará pouco sentido. Com a popularização e o rápido desenvolvimento de ferramentas como ChatGPT, da Open AI, ou Bard, do Google, será corriqueiro iniciar um trabalho escolar, um e-mail de trabalho ou um planejamento de comunicação com a ajuda desses assistentes, que têm potencial para otimizar nossas tarefas.

No campo da comunicação, essas ferramentas estão criando um conjunto de oportunidades para empresas e profissionais, incluindo o dia a dia das agências. Segundo um estudo da Sandpiper e da PRovoke Media*, 86% dos profissionais de comunicação em todo o mundo veem a inteligência artificial como uma oportunidade e não como um risco.

Algumas das contribuições incluem:

• Geração de conteúdo automatizado para profissionais que criam conteúdo regularmente;
• Aprimoramento da qualidade de conteúdo com base no aprendizado de padrões e linguagem humana;
• Variedade de materiais e formatos – texto, vídeo e imagens -, alcançando um maior número de pessoas;
• Conteúdo personalizado com objetivo de engajar ainda mais seu público-alvo, por ser um produto capaz de ser direcionado para preferências individuais ou de grupos específicos.

Oportunidade para crescimento criativo

Essas ferramentas chegaram para ficar e, agora, as empresas precisam buscar formas de incorporá-las em seu dia a dia. “Em vez de olhar para as ferramentas de IA generativa com desconfiança, as lideranças de empresas e agências podem auxiliar e capacitar suas equipes para o seu uso eficaz. Essas aplicações ainda não são perfeitas, mas estão evoluindo rapidamente e quem souber tirar proveito delas terá uma vantagem competitiva”, diz William Maia, head de Atendimento na CDI Comunicação.

Embora haja preocupações sobre o impacto das ferramentas de IA na força de trabalho, boa parte da produção de conteúdo e materiais nas áreas de comunicação pode ser acelerada com a tecnologia.

“Na elaboração de briefings para entrevistas, por exemplo, o profissional economiza tempo, contando com a IA para reunir informações relevantes com poucos comandos, podendo se dedicar mais à criatividade e estratégia, que realmente fazem a diferença na comunicação”, acrescenta Maia.

Já para a criação de press releases, a ferramenta é capaz de gerar um texto completo ao seguir o padrão de linguagem da empresa pré-estabelecido no prompt de comando. “Mas ainda é preciso curadoria humana para checar informações e dar tratamento final ao conteúdo”, explica o head.

É preciso lembrar que as ferramentas de inteligência artificial generativa estão em constante desenvolvimento. Seu uso deve ser feito com cautela e suas informações sempre validadas por um profissional capacitado para que a mensagem final esteja alinhada aos objetivos e à cultura da empresa.

Sendo assim, a inteligência artificial generativa é uma grande aliada para os profissionais de relações públicas e comunicação corporativa. À medida que nós, como sociedade, continuamos a inovar, as pessoas nas indústrias criativas não devem temer essa nova tecnologia e, sim, descobrir a melhor maneira de utilizá-la para melhorar a qualidade de seu trabalho.

*Estudo lançado em dezembro de 2022 intitulado “AI in the Communication Industry”.