ESG e a mina de bauxita no coração da Amazônia
abril 27, 2022

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Por Anaísa Silva, diretora de Atendimento e Gerenciamento de Imagem na CDI Comunicação

O ESG, de meio ambiente, social e governança (environment, social and governance, em inglês) não é um tema novo para nós. Vamos mostrar o exemplo da Alcoa. A empresa, uma das mais sustentáveis do mundo por vários anos no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, convidou a CDI no fim de 2004 para apoiá-la na elaboração de um amplo plano de comunicação e relações públicas com o objetivo de implementar um dos maiores projetos de mineração da companhia no mundo: a mina de bauxita de Juruti, no Pará.

A liderança da companhia sabia havia muitos anos que, para poder conquistar da sociedade a autorização para operar, era indispensável adotar a sustentabilidade como fator integrante de seus negócios. Essa postura, incorporada pela empresa bem antes até do surgimento da própria palavra “sustentabilidade”, foi estratégica para que ela conseguisse concluir o Projeto Juruti e ter o direito de operar no coração da Amazônia. O então presidente da Alcoa América Latina e Caribe, Franklin Feder, grande liderança na sustentabilidade e com quem orgulhosamente aprendemos muito sobre o assunto, sempre repetia em entrevistas para a mídia: “É a sociedade quem concede diariamente a licença para que a empresa possa atuar.”

Mas o que isso tem exatamente a ver com a comunicação? Simplesmente tudo. A instalação de um projeto como esse, pelas questões ambientais, sociais ou pela logística, precisa ser mostrado e bem-explicado aos públicos direta e indiretamente envolvidos. Afinal, qualquer outro empreendimento dessa magnitude sempre é acompanhado de perto pela sociedade civil, preocupada com as transformações que as empresas podem provocar no meio ambiente e nas comunidades locais. Nesse cenário, a comunicação transparente ajudou a companhia a conquistar o direito de iniciar suas obras no município e manter o empreendimento em operação.

Nosso papel como consultores de comunicação foi estabelecer um processo permanente de relacionamento entre o projeto e seus públicos,
tendo a comunidade da região como o principal deles. Atuamos localmente (estive no Pará durante quatro meses – e tomo a liberdade aqui de escrever no singular para contar que fiquei na região durante reuniões com diversos públicos antes da implementação do projeto e audiências públicas), com apoio da sede em São Paulo e de agências de Belém-PA, incluindo a parceira Temple Comunicação, que depois deu continuidade ao trabalho de relações com a comunidade e com a mídia regional.

A comunicação teve como foco desde o início do projeto, e mais intensamente em 2008 e 2009, já na inauguração da obra, mobilizar as
comunidades locais e outros públicos para ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Afinal, para a empresa, não bastava cumprir
as leis, era preciso ter postura ética e transparente com todos os públicos, promovendo a qualidade de vida das pessoas – colaboradores e
comunidades – com excelência ambiental e de governança.

A Alcoa foi reconhecida em 2010 como a empresa do ano no Guia Exame de Sustentabilidade “pelo projeto de operação sustentável da mina de bauxita na Amazônia, considerada uma referência para o setor de mineração”. Um ano antes, em 2009, nós, CDI e Temple, recebemos o
Prêmio Nacional de Opinião Pública com o case “Juruti Sustentável: comunicação pelo engajamento social”.

O mundo, obviamente, não é mais o mesmo de 2004. De lá para cá, muita coisa mudou. Principalmente nos últimos anos. Em relação ao ESG, vemos hoje o tema na pauta das empresas como nunca esteve antes. Adicionamos a isso o fato de termos uma sociedade cada vez mais exigente e atenta à postura das companhias em todos os segmentos, além do julgamento nas redes sociais.

Consequentemente, a comunicação tornou-se ainda mais importante para a disseminação e o engajamento das boas práticas ambientais, sociais e de governança das empresas. Habilidade nessa atuação é fator fundamental para explicar com seriedade e sucesso o complexo ESG à sociedade. O termo sustentabilidade transformou-se em prática e interação nas comunidades ribeirinhas de Juruti. Elas compreenderam que a cidade tinha que desenvolver suas próprias habilidades para ir além da mineração e, assim, tornar a economia local realmente sustentável. Mais de quinze anos depois, esse caminho percorrido pela Alcoa para uma verdadeira transformação continua sem volta!

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